O objetivo do tratamento é erradicar completamente o câncer, impedindo a proliferação celular, o crescimento tumoral e o aparecimento de metástases. Câncer em fase inicial tem maiores chances de cura.
Após realizado o diagnóstico e exames de estadiamento, o médico assistente realiza a avaliação do paciente como um todo. Nesta fase, o paciente faz exames complementares e avaliações que forem necessárias com equipe multidisciplinar: médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, entre outros.
Existem quatro tipos considerados básicos para o tratamento contra o câncer. São eles: cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. É preciso afirmar desde logo: não existe até hoje nenhuma abordagem alternativa capaz de curar o câncer.
Hoje não se pode pensar em tratar adequadamente o câncer sem recorrer às excepcionais técnicas desenvolvidas pela medicina: cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia/imunoterapia.
Para muitos pacientes, a cura é obtida com a combinação de tratamentos. Por isso, a cirurgia e a radioterapia de áreas específicas do corpo são frequentemente combinadas com a quimioterapia, que afeta todo o organismo. Cada caso deve ser avaliado separadamente e decidido pela equipe médica assistente a melhor combinação de tratamento para cada um.
Tipos de tratamento
As opções de tratamento para o câncer dependem do tipo de câncer (por exemplo, o de mama) e do estágio da doença (se inicial, mediano ou avançado), de possíveis fatores adversos, da preferência e condições gerais de saúde do paciente (por exemplo, se há alguma outra doença como cardiopatias ou problemas respiratórios que interfiram no tratamento).
Os tratamentos para o câncer se dividem basicamente em dois tipos: local e sistêmico.
O tratamento local é aquele direcionado diretamente à região em que o tumor se encontra, e tem por objetivo a retirada do tumor (cirurgia) ou o controle local (radioterapia), com o intuito de destruir o tumor ou as células tumorais restantes no local.
O tratamento sistêmico é aquele em que a medicação circula no sangue para atingir e destruir as células cancerosas tanto no local de origem quanto nas outras áreas do corpo, com o objetivo de evitar que a doença se espalhe formando metástase.
1 – CIRURGIAS
Tipos:
Da mama: mastectomia (retirada de toda a mama) e cirurgia conservadora (retirada de parte da mama onde se encontra o tumor). A cirurgia conservadora depende do tamanho do tumor e pode ser tumorectomia (retira apenas o tumor), setorectomia (retira o tumor e uma parte da mama em volta) ou quadrantectomia (retira um quarto da mama onde está o tumor).
Dos linfonodos: dissecção axilar ou linfadenectomia que é a retirada dos linfonodos da axila. Biópsia do linfonodo sentinela em que são retirados apenas os primeiros linfonodos mais próximos à mama.
Efeitos colaterais e cuidados
As cirurgias podem ter como complicações comuns a infecção, o sangramento e a ‘’queda’’ dos pontos (deiscência). Deve-se estar atento aos cuidados com a higiene e com a ferida operatória e procurar atendimento médico ao menor sinal de problema.
Outra complicação possível da cirurgia é o aparecimento de inchaço ou linfedema no braço do lado da cirurgia. Isso acontece pelo acúmulo de líquidos causado pela retirada dos gânglios linfáticos axilares durante a cirurgia. Esse procedimento é necessário para evitar a progressão da doença. Não há uma maneira certa de prever quem desenvolverá ou não o linfedema. Pode ocorrer logo após a cirurgia ou mesmo anos depois. O potencial de se desenvolver o linfedema se mantém ao longo da vida da mulher. Um dos primeiros sinais do linfedema pode ser uma sensação de aperto no braço ou mão do mesmo lado em que foi tratado o câncer de mama. Alguns cuidados devem ser tomados pelo paciente com o objetivo de evitar aparecimento do linfedema. É importante hidratar bem a pele do braço todos os dias, aproveitando para massagear o braço, evitar atividades com exercícios repetitivos (como digitar ou escrever, fazer crochê etc), evitar pegar excesso de peso (carregar bolsas e sacolas, levantar pesos), evitar uso de pulseiras, relógios e anéis apertados, evitar qualquer procedimento que possa causar ferimentos no braço e mão (retirar cutículas, usar lâminas ou cera para depilar, queimaduras, usar com cuidado facas e tesouras), não colocar compressas quentes ou geladas no braço, não usar ‘’remédios’’ sem orientação do seu médico. Qualquer inchaço, aperto ou acidente no braço ou mão deve ser reportado imediatamente ao seu médico.
2 - RADIOTERAPIA
O que é: é um tratamento no qual se utiliza radiação para destruir ou impedir que as células cancerosas do tumor aumentem e se multipliquem. Essas radiações não são vistas e durante a aplicação você não sentirá nada. Da mesma forma que a cirurgia, a radioterapia é um tratamento local. Para fazer a radio é necessário que seu médico preencha a APAC (autorização para procedimento de alto custo). Após o programa pegue o laudo, pois sem ele é proibido fazer a radio. É fundamental e obrigatória uma revisão com seu médico por semana. Combine com ele o horário. É muito importante ressaltar que os pacientes que recebem radioterapia não se tornam radioativos.
Efeitos colaterais: em geral a radioterapia é fácil de tolerar e seus efeitos adversos são mais limitados ao local de tratamento. Aparecem geralmente na terceira semana de aplicação e desaparecem poucas semanas depois de terminado o tratamento. Cada pessoa reage de uma forma diferente à radioterapia. Você pode sentir cansaço, perda de apetite e reações na pele, tais como vermelhidão, ardor, prurido, escurecimento.
Cuidados:
• A pintura feita não pode ser retirada, senão atrasa o tratamento. É só não esfregar bucha, sabão e toalha. Ela deve ser renovada de 4 em 4 dias com o técnico.
• Lave a área com água corrente (debaixo do chuveiro) e sabonete, não esfregue bucha no local. Enxugue com uma toalha macia, sem esfregar, deixe sempre enxuta a área.
• Não use cremes, loções, talcos, óleos corporais, desodorantes, perfumes, medicações ou qualquer outra substância na área em tratamento.
• Só utilize algum tipo de curativo na pele (como gaze ou band-aid) com a orientação de seu médico.
• Não utilize sacos de água quente ou gelo, saunas, banhos quentes, lâmpadas solares ou qualquer outro material sobre a pele em tratamento.
• Dê preferência às roupas feitas de algodão.
• Evite usar roupas apertadas, sutiãs, camisas com colarinhos, calças jeans, etc.
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3 - QUIMIOTERAPIA
O que é: utilização de medicamentos/drogas que agem na destruição das células malignas para que elas não cresçam nem se espalhem. Pode ser aplicada através de injeções intramusculares ou endovenosas ou por via oral.
É dividido em dois tipos, conforme o estágio da doença:
• Em estágios iniciais pode ser administrado de maneira neoadjuvante (antes da cirurgia) ou adjuvante (depois da cirurgia), com a intenção de curar.
• Em estágios avançados, isto é, na doença disseminada em outros órgãos (metástases), o tratamento é dito paliativo e visa diminuir o crescimento do tumor e/ou reduzir os sintomas causados pelo câncer, podendo prolongar a vida do paciente.
Efeitos colaterais e cuidados:
A quimioterapia tem como principal objetivo eliminar as células cancerígenas que formam o tumor. Infelizmente, os medicamentos utilizados não são capazes de diferenciar as células malignas das células normais. Por esse motivo, a quimioterapia atinge tanto as células que formam o tumor quanto as células sadias. O resultado disso é o aparecimento dos efeitos colaterais, que duram algumas semanas, vários meses, ou podem ser permanentes.
a.Extravasamento de drogas. Como as drogas aplicadas são super fortes, não podem extravasar para local indevido, podendo destruir totalmente a região. Por esta razão, as drogas são preferencialmente administradas por catéter. O extravasamento da droga pode causar dano tecidual (no tecido) e funcional irreversíveis e permanentes (perda do movimento das mãos, por exemplo, decorrente da destruição dos tendões, se a aplicação da droga for nesta região). Observe o local da punção (da agulha) atentamente durante a quimioterapia. O extravasamento da medicação é um acidente grave – uma emergência oncológica. Chame o médico imediatamente.
b. Queda de Cabelo. A queda acontece porque a quimioterapia ataca as células sensíveis do folículo capilar (raiz do cabelo). Isso varia de acordo com o tipo de medicação usada. Quando ocorrem, pode começar na 2ª ou 3ª semana após o início do tratamento. Se o seu cabelo começar a cair, corte-os bem curtos. A queda total do cabelo pode levar mais ou menos uma semana. Outros pelos do corpo também podem cair, como sobrancelhas, cílios e pelos pubianos. Proteja a sua cabeça do sol usando chapéu, turbante ou um lenço. Use sempre um bloqueador solar para proteger o couro cabeludo. O seu cabelo voltará a crescer de 2 a 3 meses após o término da quimioterapia e pode crescer diferente do que era antes, sem mais fino ou mais grosso, ou mais enrolado, ou de cor diferente.
c. Dores/mialgias. A quimioterapia pode provocar ardor, formigamento, lesões na boca, dor de cabeça, dores musculares, dor de estômago, dores em mãos e pés, dor ao caminhar, aumento da sensibilidade e cansaço. Depende de cada pessoa e da medicação usada. Para controlar a dor tome os medicamentos prescritos pelo seu médico na hora certa. Não pule o horário, mesmo que não sinta dor num determinado momento. Não deixe a dor ficar insuportável. Relaxe, para diminuir a tensão muscular, a ansiedade e a dor. Comunique a seu médico caso existam mudanças nas características da dor que sente.
d. Pele e anexos/fotossensibilidade (sensibilidade à luz). As mudanças na sua pele no local que tenha recebido radioterapia ou a quimioterapia, como coceira, ressecamento, erupções cutâneas, descamação, sensibilidade ao sol, rash cutâneo (sentir a pele ficar vermelha e quente) ou urticária, geralmente melhoram após o término do tratamento. Entretanto, como o escurecimento da pele pode ser permanente, proteja sua pele do sol usando um bloqueador com fator de proteção de pelo menos 30. Proteja também os lábios. Evite a luz solar direta, não se exponha entre as 9h e 15 horas. Ante reações alérgicas severas à quimioterapia, como dor, vermelhidão ou bolhas ou chiado no peito ao respirar, comunique a seu médico.
e. Mudanças nas unhas. As unhas podem ficar fracas e escuras, frágeis, quebradiças e cair. Trata-se de acontecimento normal, pois elas voltam a crescer. Evite infecção: use luvas para proteger as mãos quando for lavar louça, limpar a casa ou trabalhar em jardinagem. Não use produtos irritantes. Evite machucar as cutículas.
f. Insônia. Pode ser provocada pelo tratamento preparatório para a quimioterapia. Melhore o ambiente onde você dorme, desligando aparelhos eletrônicos como TV e rádio, deixando o local mais escuro possível. Se necessário tome chá calmante à noite como camomila ou erva cidreira.
g. Mudanças no Sistema Nervoso. A quimioterapia pode causar alguns problemas no Sistema Nervoso. Muitos destes problemas melhoram após o término do tratamento. No entanto, alguns problemas podem durar longos períodos ou até tornarem-se permanentes. Sintomas que podem aparecer são: formigamento, fraqueza e adormecimento nas mãos e nos pés; sensação de mais frio que de costume; sensação de perda do equilíbrio (tontura); dificuldades para pegar objetos ou abotoar a roupa; tremores; diminuição da audição; fadiga; confusão e problemas de memória; depressão. Evite cair: caminhe lentamente sempre se segurando no corrimão ao subir ou descer escadas, para não tropeçar. Se precisar, conte com a ajuda de uma bengala. Sempre use sapatos ou tênis com sola de borracha. Se a memória esta falhando, solicite que alguém próximo lhe ajude para não perder a hora de tomar a medicação, além de comunicar a seu médico se ocorrer este fato.
h. Alterações Sexuais. Nas mulheres a quimioterapia pode provocar alterações nos ovários, mudanças nos níveis hormonais, períodos menstruais irregulares ou ausentes e menopausa precoce/irreversível. A Paciente pode sentir ondas de calor, secura vaginal, aumento da secreção vaginal e prurido (coceira). Pode, ainda, ter falta de interesse sexual, sentir-se irritada, preocupada, tensa, deprimida ou cansada para ter relações sexuais.
Gravidez: é muito importante não engravidar durante o tratamento para o câncer, principalmente na fase de quimioterapia, já que os medicamentos utilizados podem afetar o desenvolvimento do feto, especialmente nos 3 primeiros meses. Peça a seu médico orientação sobre o melhor método anticoncepcional.
i. Boca e garganta. Cuide de seus dentes. Antes de iniciar os tratamentos contra o câncer, procure um dentista, a fim de evitar qualquer infecção na boca. A radioterapia e a quimioterapia podem produzir sensibilidade ou feridas na boca e nas gengivas (afta), bem como dor na garganta. A mucosite se dá em qualquer parte úmida do tubo digestivo (TGI - trato gastrointestinal). Bochechar com bicarbonato com água ajuda, mas se aparecerem feridas ou sangramento na gengiva procure logo o pronto-socorro. Certos alimentos irritam a boca, dificultando a mastigação e a deglutição. Você pode sentir alteração no sabor dos alimentos, porque a quimio altera as células da língua. Experimente alimentos fáceis de mastigar e engolir sucos, purês de frutas e de legumes, caldos e cremes, purê de batatas, banana, macarrão, pudins, gelatinas, ovos mexidos, mingau de aveia. Use canudinho para beber líquidos. Evite frutas cítricas e seus sucos (laranja, tangerina). Alimentos condimentados ou salgados, duros, ásperos ou secos, como legumes crus, granola, torradas, biscoito, machucam a mucosa da boca e facilitam o aparecimento de aftas.
j. Náuseas e vômitos. Podem ocorrer antes, durante, logo após ou de dois a cinco dias depois da quimioterapia. Uma maneira de evitar os vômitos é evitando as náuseas. Se a náusea costuma aparecer durante o tratamento, evite comer uma hora antes da quimio ou da radioterapia e espere pelo menos uma hora após para ingerir algum tipo de alimento ou bebida. Não beba muito líquido antes, nem durante as refeições e não deite imediatamente após comer. Beba líquidos mornos e frescos e não consuma bebidas gasosas. Coma devagar, pequenas porções várias vezes ao dia. Ao invés de comer 3 grandes refeições, faça 5 ou 6 refeições pequenas. Descanse sentada durante 1 hora após as refeições. Caso necessário fale com seu médico e medicação antiemética (para enjoos) pode ser prescrita.
k. Perda de apetite. A perda ou a falta de apetite no início da quimioterapia é comum e pode permanecer durante poucos dias após cada aplicação. O aumento do apetite na semana subsequente é esperado, mas não é bom para o tratamento comer demais. Muitas coisas afetam o apetite, inclusive o mal-estar (náuseas e vômitos) e a depressão. Não fique sem se alimentar. Não dê a você qualquer razão para não comer.
l. Constipação (Prisão de Ventre). A prisão de ventre é outro efeito da quimioterapia, mas que também pode ter outras causas, como outras medicações usadas, alimentação incorreta e a ausência de exercício. As medidas de controle iniciam-se com a alimentação que deve ser rica em fibras. Diarréia e prisão de ventre são consequências de inflamação da mucosa. Inicialmente ocorre a constipação, depois a diarréia. Se forem graves, procure atendimento médico. Beba de 8 a 10 copos de líquidos por dia (água, sucos e chás) e coma alimentos que melhorem o trânsito intestinal como ameixa fresca ou seca, iogurte, aveia, laranja, mamão, abacaxi, mexerica, manga e pêra, sempre que possível com casca e bagaço, também saladas cruas, verduras refogadas, legumes, feijão, milho, arroz integral, pão integral, aveia, farelo de trigo, granola. Utilize 3-5 porções por dia desses alimentos. Evite preparações à base de maisena, molhos brancos e gratinados, bolos, farinha, fubá, pão branco, arroz branco, macarrão, tortas.
m. Diarréia. A diarréia pode surgir com o uso da quimio, ou estar relacionado à ansiedade, nervosismo, alimentação e outras medicações. A diarréia pode ocasionar desconforto e outros problemas, como a desidratação, e aumentar o risco de infecção. Diarréia e prisão de ventre são consequências de inflamação da mucosa. Inicialmente ocorre a constipação e depois a diarréia. Se forem graves, procurar o médico. Beba muito líquido! Hidrate-se bem com água, água de coco ou sucos naturais, evitando uso de açúcar. Comidas à base de maisena, purê de batata, mandioca, mandioquinha, arroz, macarrão e cará fazem bem. Prepare purês sem leite. Ingerir caldo de carne, fécula de batata, ovos cozidos. Evite comer frutas como laranja, mamão, manga, ameixa, mexerica e abacate, que soltam o intestino, também saladas cruas, verduras refogadas, legumes, feijão, ervilha, milho, leite e seus derivados (iogurte, coalhada, creme de leite). Dê preferência para alimentos que conhecidamente ajudam a diminuir a diarréia como banana, caju, e uma mistura com polvilho em um pouco de água com limão.
n. Anemia. O tratamento quimioterápico pode afetar às células do sangue como os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos e as plaquetas. A anemia se apresenta quando os glóbulos vermelhos ou hemácias são afetados. São eles que conduzem o oxigênio pelo corpo. Assim, a anemia pode apresentar-se com sintomas variados que incluem: aumento do batimento cardíaco, falta de ar, fraqueza, tontura e fadiga. Dependendo da gravidade da anemia podem ser usadas medicações de suplemento de ferro ou até transfusões sanguíneas. Por esta razão exames de sangue são feitos periodicamente durante o tratamento. Tenha cuidados com você mesmo, respeitando os limites do seu corpo. Durma 8 horas todas as noites e, durante o dia, descanse uma ou duas vezes pelo menos durante 30 a 60 minutos, sempre que sentir necessidade. Limite suas atividades. Você deve realizar somente as atividades realmente importantes. Evite fazer muito esforço. Siga uma dieta balanceada escolhendo alimentos que contenham todas as calorias e proteínas que seu organismo necessita, e alimentos ricos em ferro como folhas verde escuras (couve, brócolis etc) associados a uma fruta cítrica como limão ou laranja.
o.Neutropenia. Outro tipo de célula sanguínea que pode ser afetada são os glóbulos brancos ou leucócitos. Essas células são de defesa do nosso corpo, e multiplicam-se de modo rápido e podem diminuir temporariamente pela ação da quimioterapia. Quando isso ocorre, há maior risco de infecção por vírus, bactérias e fungos. Evite ficar perto de pessoas adoentadas, mesmo que seja uma gripe simples. Fique atento caso você tenha um cateter ou sonda: se aparecer vermelhidão, inchaço ou dor nesses locais, comunique o seu médico. Também procure atendimento caso tenha febre, calafrios ou sudorese.
p.Plaquetopenia. Outro tipo de célula do sangue que pode ser afetado são as plaquetas. Elas são responsáveis pela coagulação do sangue, ajudando uma ferida a parar de sangrar. Quando estão em níveis baixos podem ocorrer pequenos sangramentos (gengiva ou nariz) ou hematomas (manchas arroxeadas na pele). Cuide-se: use calçado que proteja seus pés, em caso de pequenos cortes lave com água corrente e pressione o local firmemente e por um bom tempo. Caso não consiga controlar esses sangramentos que podem surgir, procure atendimento médico.
4 - HORMONIOTERAPIA
O que é: hormonioterapia ou terapia endócrina atua baixando os níveis hormonais do estrogênio e da progesterona (hormônios femininos) ou bloqueando sua ação nas células tumorais. Essa terapia só é empregada em pacientes cujo tumor responde ao estímulo hormonal. Isso é determinado através do exame de imunohistoquímica. Normalmente é usado após terminar a quimioterapia e radioterapia e sua duração depende da indicação, podendo ir até 5 anos de uso ou por tempo indeterminado nos casos de câncer avançado com metástases.
Efeitos colaterais e cuidados: pacientes em uso de hormonioterapia podem sentir ondas de calor (fogachos), corrimento vaginal, secura vaginal, cefaleia (dor de cabeça), náuseas e vômitos, cansaço e retenção de líquidos (com ganho de peso), aumento do apetite, dores ósseas e em articulações e aumento da perda óssea (osteopenia e osteoporose). Converse claramente com seu médico assistente sobre todos os sintomas que aparecerem e ele deverá lhe orientar sobre os cuidados para melhorar cada sintoma, prescrevendo medicações, caso necessário.